sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A expansão de Israel

Por *Beatriz Maio
Se por um lado, os conflitos na Palestina estavam interligados de forma possante ao domínio do território palestino, com participação Judaica associada à criação do estado de Israel e Árabe à reivindicação de tamanha região, por outro posteriormente temos a questão da propagação do estado de Israel, através de domínios militares a países vizinhos. O que gerou conflitos entre Israel e países Árabes, preponderantemente entre o estado Israelense e o Líbano.
Subsequentemente vinte anos passados a criação do estado de Israel, a guerra de 1967 (onde vários países se opuseram contra o território israelense) provocou uma nova controversa política e social na região. Em apenas seis dias de guerras devastadoras Israel obteve vitória sobre três países, a Cisjordânia, Faixa de Gaza, Colinas do Golã (Pertencente à Síria) e a Península do Sinai (Pertencente ao Egito). Tal guerra causou o refugio de aproximadamente trezentos mil palestinos.
Com o derradeiro da guerra, o governo israelense deu início à criação de colônias na Cisjordânia, inclusive Jerusalém Oriental. Ao mesmo tempo, o governo de Israel deparou-se com aquilo que alguns denominaram “Problema Demográfico”.
Na Faixa de Gaza e na Cisjordânia vivem ao todo quatro milhões de Palestinos, enquanto em Israel com sete milhões de pessoas, possui um milhão e trezentos mil palestinos. Portanto, se Israel expandisse suas fronteiras, se incorporaria a população Palestina da Cisjordânia e Faixa de Gaza, o número de Palestinos com direito a cidadania Israelense passaria dos atuais 20% para 50% da população do estado de Israel, sendo assim, Israel deixaria de possuir uma população predominantemente Judaica.
Para manter o controle sobre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, explorar seus bens naturais e anexar locais sagrados, Israel originou um grande sistema de ocupação, onde estão inclusas as chamadas “Medidas de Defesa”.
Estas medidas são compostas por leis e ordens militares que não descartam, mas se sobrepõem a legislação Palestina, que na prática são barreiras que impedem o direito de ir e vir da população, demolição de casas e edifícios Palestinos, construção de assentamentos exclusivos para Judeus (estradas, nas quais, só podem circular veículos israelenses).
Aproveitando-se de sua soberania diante de países Árabes, Israel passou controlar 70% do território da Cisjordânia, além de consumir 80% de toda água da mesma, sendo distribuída, portanto, entre o estado de Israel e suas colônias. Além disso, Israel construiu um muro, com a justificativa de que este foi criado para proteção de seu país. O que soa duvidoso, pelo fato de que na prática o muro não se situa na “Linha Verde”, em outras palavras, a fronteira internacionalmente aceita. Com isto acabou anexando 10% da fronteira da Cisjordânia. O muro circunda cidades Palestinas inteiras como, Belém e Carquilha, outra decisão controversa do governo Israelense é manter mais de quinhentas barreiras, os chamados “Check Points”, neles soldados Israelenses controlam a passagem das pessoas.
Recordando a prática das “Medidas de Defesa”, tenho como destaque no ano de 1978 a invasão de Israel no sul do Líbano, denominada “Operação Litani”, com o objetivo de liquidar as bases da Organização de Libertação da Palestina no país, com pretexto de que a guerrilha Palestina costumava contra-atacar o norte de Israel.
Em 1982, Israel resolve atacar o Líbano, na tentativa de remoção de militares liderados pelo sul do Líbano, que realizavam ataques terroristas a civis Israelenses. Mas foi amplamente criticado. 
Em 1985, Israel retira-se do território Libanês, exceto por uma estreita faixa de terra designado por Israel como “Zona de Segurança Israelense”. A partir de 2000, Israel retirou suas tropas completamente do Líbano.
Concluo, portanto, que a antiga solução que tinha por objetivo amenizar os conflitos entre Judeus e a antiga população Palestina (mulçumanos) acabou intensificando ainda mais a prática de guerras, devido ao crescimento extraordinário do estado de Israel. Sua expansão estava baseada na prática de ocupação territorial e militar, sendo assim, Israel deixa de ser uma “solução".  

*Beatriz Maio é estudante do oitavo ano do ensino fundamental. 


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